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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Conceitos de Gestão Industrial - Sistema de Manutenção



Existem várias ferramentas e formas de se estabelecer e controlar a manutenção de uma empresa.
Cada uma segue numa direção e encontra-se num estágio. Independente de onde se esteja é preciso saber aonde se quer chegar e o que fazer para isso.
É primordial que todos entendam que o sistema de manutenção não é para o gerente industrial, ou porque ele quer tampouco é dele.
Seja qual for o tipo de software de controle, a filosofia de manutenção não importa o primeiro item é:
  1. Cadastrar todos os equipamentos da indústria: pode ser numa planilha de Excel, num sistema próprio destes adquiridos com vários módulos e um deles é o de manutenção, não importa; mas antes de qualquer coisa tenha os equipamentos cadastrados. É importante estabelecer o procedimento de cadastro, para que não fique apenas na cabeça de algumas pessoas e este deve ser atualizado sempre que se deseje mudar a forma de inserir os equipamentos na lista.
  2. Envolvimento da operação e manutenção: outro cuidado é deixar bem claro que a operação e a manutenção terão de trabalhar juntos nesse cadastro. Começam as dificuldades. É preciso demonstrar a todos os ganhos que os próprios terão com esse trabalho, senão já estará fadado ao fracasso de saída. Já vi o pessoal da Informática comandando esse processo o que é um erro primário.
  3. Eleger os equipamentos críticos: a tarefa começa a ficar mais difícil, novamente é preciso a participação conjunta operação-manutenção e deve-se vencer a tentação de colocar todos os equipamentos como críticos porque aí não se avançará um milímetro na direção do controle da manutenção. A sugestão no caso de uma usina ou outra indústria de processo é começar pela área de Utilidades. Essa área responsável por fornecer água, vapor, ar comprimido, energia elétrica e tratar os efluentes e não pode dar IBOPE. Quando se fala muito nesse setor é sinal de que o processo não anda bem, pois lhe faltam os itens que garantem seu funcionamento. Outra área de igual importância que pode vir logo em seguida ou até simultaneamente, é a área de extração.
  4. Definição da variável de controle: defina que indicador utilizará para monitorar o equipamento: vibração, temperatura, ruído e faça-o de modo sistemático, tomando ações a partir das medições.
  5. Análise de falhas: as quebras que não forem prevenidas e gerarem intervenções corretivas devem ser analisadas com alguma ferramenta que oriente ações abrangentes para evitar que o problema ocorra novamente. Por exemplo, um rolamento falha e observa-se que o alinhamento do acoplamento é feito sem precisão nenhuma esticando-se uma linha, tudo bem que se está levando ao pé da letra o termo alinhamento, mas há ferramentas mais precisas para essa tarefa.
  6. Treine as pessoas: faça isso de forma intensiva e contínua. Os tempos improdutivos não cairão magicamente, será preciso paciência, firmeza e continuidade.
  7. O sistema é de todos, mas deve ter um guardião: essa é a parte mais difícil o sujeito responsável por administrar o controle da manutenção deve ser firme, mas deve entender que precisa das pessoas para que as coisas aconteçam, caso contrário será sabotado sistematicamente e quem sofrerá com isso é o controle da manutenção que não decolará.
  8. Consultoria: pode contratar alguém para ajudá-lo a organizar o sistema, mas não permita que ele faça as coisas sem a participação da empresa, afinal como será quando ele for embora? Ou vamos mantê-lo indefinidamente?
Esses são os pontos principais. Comece a caminhar e faça acontecer.

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